quarta-feira, 23 de abril de 2008

O Apache é o servidor Web mais usado no mundo, graças ao seu bom desempenho e confiabilidade. Durante a instalação você teve a oportunidade de instalar o Apache. Se ele já estiver instalado, basta habilitar o serviço "httpd" no Mandrake Control Center, ntsysv ou outra ferramenta disponível na sua distribuição, ou usar o comando:


# /etc/rc.d/init.d/httpd start


Ou, dependendo da distribuição, simplesmente:


# service httpd start


Para parar o serviço, você pode usar o comando "/etc/rc.d/init.d/httpd stop".ou "service httpd stop"

Em seguida, abra um browser e acesse o endereço http://localhost Se tudo estiver funcionando, você verá a página padrão do Apache. Em seguida, veja se o servidor pode ser acessado através da rede ou através da Internet, através do endereço http://seu_ip



Se o servidor estiver acessível apenas localmente provavelmente você se esqueceu de abrir a porta do apache no Firewall. Se você estiver usando o TinyFirewall que vem no Mandrake, basta rodar novamente o assistente através do Mandrake Control Center e abrir a porta do Servidor http quando perguntado.


Se o Apache ainda não está instalado, basta abrir o gerenciador de software no Mandrake Control Center e instalar os pacotes do Apache, na seção Server > Web/FTP > Outros. Se preferir, baixe a versão mais recente no http://www.apache.org/


Basicamente, é apenas isso que você precisa fazer para ter seu servidor Apache funcionando. Basta agora colocar os arquivos das páginas a serem disponibilizadas no diretório /var/www/html


:. Configuração básica


A maior parte da configuração do Apache pode ser feita através de um único arquivo, o httpd.conf, que no Mandrake e nas demais distribuições que seguem o Linux Standard Base pode ser encontrado no diretório /etc/httpd/conf/. Em algumas distribuições o diretório pode ser também o /etc/apache

Depois de verificar a localização correta, use o comando su para ganhar privilégios de root e abra o arquivo: "kedit /etc/httpd/conf/httdp.conf".

A primeira configuração importante é a (ou as) portas TCP que serão usadas pelo servidor. Por default, a porta é a 80, mas alguns serviços de banda larga, como por exemplo o Speedy da Telefonica bloqueiam esta porta, obrigando os usuários a manter seus servidores em portas alternativas. Você também pode alterar a porta para manter o seu servidor um pouco mais secreto, principalmente se for utilizada uma porta acima de 1024, já que além do endereço IP ou domínio, os visitantes precisariam saber também a porta do servidor.

A configuração da porta está perto do final do arquivo, na linha:

Port 80

(use o localizar do editor de textos para encontrar mais fácil).

Veja que por default o Apache escuta a porta a 80. Basta alterar o 80 pela porta desejada e salvar o arquivo. Para que a alteração entre em vigor é preciso reiniciar o apache com o comando "/etc/rc.d/init.d/httpd start" ou, " service httpd start".

Lembre-se que ao alterar a porta os visitantes precisarão incluir o novo número no endereço. Se você for utilizar a porta 1080 por exemplo, todos deverão acessar o endereço "http://seu_IP:1080".


Você pode também fazer com que o servidor escute em mais de uma porta simultâneamente usando o recurso Binding. Para isso, basta incluir o parâmetro "Listen porta" logo abaixo da linha "Port 80" que configuramos acima. Para que ele escute também nas portas 1080 e 2480 por exemplo, bastaria incluir:


Port 80
Listen 1080
Listen 2480


Caso o servidor tenha mais de uma placa de rede, você pode utilizar o parâmetro "Listem IP_da_placa:porta". Se por exemplo estão instaladas duas placas de rede, uma com o endereço 222.132.65.143 e a segunda no endereço 192.168.0.1 e você quer que ele escute em ambas, nas portas 1080 e 2480, bastaria incluir:


Listen 222.132.65.143 :1080
Listen 222.132.65.143 :2480

Listen 192.168.0.1 :1080
Listen 192.168.0.1 :2480


Não existe limitação para o uso deste recurso. Você pode fazer o servidor escutar quantas portas e placas de rede forem necessárias.


:. Virtual hosts


Outro recurso suportado pelo apache é que muito usado é a possibilidade de hospedar vários sites no mesmo servidor. Mais de 50% dos sites da internet são hospedados desta forma :)

Neste caso, os arquivos de cada site ficam guardados numa pasta diferente e o servidor se encarrega de direcionar cada visitante ao site correto. Servidores como os dos serviços de hospedagem gratuíta chegam a hospedar mais de 10.000 sites num único servidor Apache usando este recurso.

Existem duas formas de fazer isso. A primeira é ter um servidor com vários endereços IP e vincular cada site a um endereço (IP-Based). A segunda forma é ter um único endereço IP e vincular cada site a um nome de domínio, que é a forma mais usada (Name-Based).

Vamos ver primeiro a opção com múltiplos endereços IP que é a mais simples e em seguida a com vários nomes.


:. IP-Based


Esta opção é útil caso você tenha mais de um link no mesmo servidor. Você pode usar um único servidor para duas linhas ADSL, ou duas linhas T1 por exemplo, ou pode ainda ter uma única placa de rede configurada para receber conexões em vários endereços IP, usando alises.

Para criar aliases para sua placa de rede, basta usar o ifconfig, informando a placa de rede que receberá o alias (et0, et1, etc.) e o endereço IP em que ela passará a escutar. O alias é apenas um apelido; ele não altera a configuração original da placa de rede, apenas faz com que ela passe a se comportar como se fosse várias placas, escutando em vários endereços diferentes. É sem dúvida um recurso muito interessante ;-)


Se você deseja que a sua interface eth0 passe a escutar também nos endereços 220.177.156.2, 220.177.156.3 e 220.177.156.4, os comandos seriam:


# ifconfig eth0:0 220.177.156.2
# ifconfig eth0:1 220.177.156.3
# ifconfig eth0:2 220.177.156.4


Um detalhe importante é que os alises são desativados sempre que o servidor é reiniciado. Para que a alteração seja permanente é necessário adicionar os comandos no arquivo /etc/rc.d/rc.local para que eles sejam executados a cada boot.


No Apache, basta criar seções no arquivo httpd.conf, indicando as configurações de cada site, como por exemplo:


<VirtualHost 220.177.156.2>
ServerAdmin roberto@usuario.com
DocumentRoot /sites/roberto/www
ServerName www.roberto.com.br
ErrorLog /sites/roberto/logs/error_log
TransferLog /sites/roberto/logs/access_log
</VirtualHost>


<VirtualHost 220.177.156.3>
ServerAdmin maria@usuario.com
DocumentRoot /sites/maria/www
ServerName www.maria.com.br
ErrorLog /sites/maria/logs/error_log
TransferLog /sites/maria/logs/access_log
</VirtualHost>


Criamos aqui a configuração para dois sites distintos, um no endereço 220.177.156.2 e o outro no 220.177.156.3. Tanto faz se cada endereço corresponde a uma placa de rede separada ou se são aliases para uma única placa. O que interessa é que sempre que alguém digitar o endereço IP ou o domínio correspondente no browser será capaz de acessar o site. O IP de cada site é especificado na primeira linha, opção VirtualHost.


A próxima linha "ServerAdmin" permite especificar o e-mail do administrador, para onde serão enviadas mensagens de erro e avisos de anormalidades no servidor.


A opção DocumentRoot é outra configuração crucial, simplesmente por que diz em que pastas ficarão armazenados os arquivos do site em questão. Naturalmente cada site deve ter sua própria pasta, que deve ser acessível ao cliente via ftp, ssh ou outra forma qualquer, para que ele possa dar upload dos arquivos do site.

Isto significa que além de configurar o Apache, você deve criar para ele um usuário no sistema e configurar um servidor de FTP ou SSH. Para finalizar, use o comando "chown -R usuário pasta" para transformar o usuário em dono da pasta e o comando "chmod 755 pasta" para acertar as permissões de acesso. Isto faz com que o dono tenha controle total e os demais usuários (e visitantes do site) possam apenas ler os arquivos e executar scripts postos no servidor, sem permissão para gravar ou alterar nada.


A opção ServerName indica o nome de domínio do servidor e não é necessária caso o site vá ser acessado apenas através do endereço IP. Finalmente temos a localização dos dois arquivos de log: ErrorLog e TransferLog. Por padrão estes arquivos devem ficar dentro da pasta logs, no diretório raiz do site, separados dos arquivos disponibilizados ao público, que ficam na pasta www. Naturalmente você pode usar outras localizações se quiser, é apenas uma convenção.


:. Name-Based


Esta segunda opção é bem mais usada que a IP-Based, por isso deixei por último, caso contrário era capaz de você pular o outro tópico ;-)

A configuração baseada em nomes permite que você hospede vários sites, cada um com seu próprio nome de domínio num servidor com um único link e um único IP.

A configuração no arquivo httpd.conf é até mais simples que a baseada em IP. A seção fica:


NameVirtualHost


<VirtualHost>
ServerName www.lojasbahia.com.br
DocumentRoot /sites/lojasbahia
</VirtualHost>


<VirtualHost>
ServerName www.piracicaba.org
DocumentRoot /sites/piracicaba
</VirtualHost>


A primeira linha "NameVirtualHost", especifica o endereço IP e porta do servidor principal. Nós já configuramos isso acima, nas opções Port e Listen, por isso o uso o asterisco, que diz apenas que o servidor deve usar as configurações feitas acima.


Em seguida temos as seções VirtualHost, que especificam o nome de domínio e o diretório local onde ficam os arquivos de cada um.


A idéia aqui é que o visitante digita o nome de domínio do site no navegador e o Apache se encarrega de enviá-lo ao diretório correto. Mas, para que o cliente chegue até o servidor faltam mais duas peças importantes.


A primeira é o registro do domínio, que pode ser feito na Fapesp, Internic ou outro órgão responsável. No registro do domínio você deverá fornecer dois endereços de DNS (primário e secundário). Se você tiver apenas um, você pode usar o mesmo endereço em ambos os campos.


É aqui que acaba o trabalho deles e começa o seu. Ao acessar o domínio, o visitante é direcionado para o endereço de DNS fornecido no registro. Isto significa que... bingo! além do Apache você vai precisar de um servidor de DNS :-)


O DNS não precisa necessariamente ser uma máquina separada. Você pode usar o serviço named que possivelmente já está até instalado. A configuração é feita através do arquivo /etc/named.conf, onde você deve especificar todos os nomes de domínio dos sites hospedados no servidor Apache, configurando todos com o IP do servidor.


Isto faz com que a requisição do cliente seja direcionada da Fapesp para o seu servidor DNS e dele para o servidor Apache. O ciclo se fecha e o cliente consegue finalmente acessar a página.


Caso você esteja hospedando subdomínios, ou seja, endereços como "www.fulano.guiadohardware.net", "www.ciclano.guiadohardware.net", etc., como fazem serviços como o hpg, a configuração continua basicamente a mesma. Você especifica o sub-domínio do cliente na configuração do VirtualHost do Apache e também no servidor de DNS.


Como no caso anterior, você deve informar o endereço do seu servidor de DNS no registro do domínio. Como os servidores de registro de domínio lêem as URLs de trás para a frente, todos os acessos a subdomínios dentro do guiadohardware.net serão enviados para o seu servidor DNS e daí para o servidor Apache.


Esta configuração manual funciona para pequenos servidores, que hospedam algumas dezenas ou centenas de páginas. Grandes serviços de hospedagem geralmente acabam desenvolvendo algum tipo de sistema para automatizar a tarefa. Nos serviços de hospedagem gratuíta por exemplo, onde o número de clientes é assustadoramente grande, as alterações são feitas automáticamente quando o visitante faz seu cadastro.


Conforme o número de usuários cresce e o espaço em disco no servidor começa a ficar escasso, você começará a sentir falta de um sistema de quotas que limite o espaço que cada usuário pode usar. Este é o tema do próximo tópico:


:. Configurando quotas de disco


Você pode configurar as quotas de disco no Linux através do Webmin. Ele pode ser acessado usando o navegador, basta acessar o endereço
https://localhost:10000 (https, não http). Caso a porta não esteja fechada no firewall, você também pode acessar através de outros micros da rede, naturalmente substituindo o "localhost" pelo IP do servidor.


O Webmin é um utilitário realmente sem preço para a configuração de servidores, pois concentra as configurações de quase todos os serviços em um único lugar e não está limitado a alguma distribuição específica.


Se você marcou os pacotes da categoria servidor durante a instalação do sistema é provável que já esteja tudo pronto para usar o sistema de quotas. Caso contrário, verifique o seguinte:


1- O Webmin está instalado? O serviço está ativo?


2- Verifique se o pacote quotas está instalado no sistema, caso contrário procure-o nos CDs da distribuição e instale.


3- Edite o arquivo /etc/fstab e verifique se o quotas está ativo para a partição em que ele será usada. Para ativá-lo, basta adicionar os parâmetros "usrquota,grpquota" depois do "defaults,", como na linha abaixo:


/dev/hda1 / ext2 defaults 1 1 /dev/hda2 /usr ext2 defaults,usrquota,grpquota 1 1


Depois de salvar o arquivo, é preciso reiniciar ou então desmontar/montar as partições manualmente para que as alterações entrem em vigor.


4- Use o comando "quotacheck" para verificar se tudo está ok:


# quotacheck -v /dev/hd6


Substituindo o "/dev/hd6" pela partição correta, a mesma da linha editada no fstab. Finalmente, ative o quotas com o comando:


# quotaon -av


Agora é só voltar ao Webmin e configurar os limites para cada usuário ou grupo do sistema.


No quotas existem dois limites que podem ser estabelecidos, o "Soft Limit" e o "Hard Limit". O Hard Limit é o limite de espaço em si, digamos 100 MB para cada usuário. O sistema não permitirá que seja gravado nenhum byte acima do limite.


O Soft Limit é um limite de advertência, digamos 80 MB. Sempre que superar o Soft Limit, o usuário receberá uma mensagem de alerta mas ainda poderá gravar mais dados até que atinja o Hard Limit. Você pode especificar também um "Grace Period", que será o tempo máximo que o usuário poderá ficar acima do Soft Limit (uma semana por exemplo). Passado o período o usuário será obrigado a apagar alguma coisa e voltar a ocupar menos de 80 MB antes de poder gravar novos arquivos.

Você pode estabelecer os mesmos limites também para os grupos e inclusive combinar as duas limitações. Você pode por exemplo permitir que cada usuário do grupo "alunos" use 500 MB de disco, desde que o grupo todo não use mais do que 20 GB.


A administração dos usuários e grupos do sistema pode ser feita através da opção System > Users and Groups do Webmin, ou através de utilitários como o kuser e o userconf, que já devem estar instalados no seu sistema.


:. Módulos


A grande força do Apache reside na grande quantidade de módulos que expandem os recursos do servidor, transformando o simples servidor Web que configuramos acima num poderoso servidor de aplicações.

Aqui está uma pequena lista de alguns dos principais módulos disponíveis. Alguns deles podem ser encontrados nos CDs da sua distribuição Linux atual, enquanto outros devem ser baixados do site dos desenvolvedores e instalados separadamente.


mod_cgi : Este é um dos módulos mais básicos, que permite a execução de scripts CGI. Apesar da grande variedade de scripts disponíveis pela web e a facilidade de cria-los, os CGIs são uma espécie ameaçada de extinção. O problema é que além de lentos se comparados com scripts escritos em linguagens como o Perl e o PHP eles podem sempre representar um risco de segurança para o servidor pois são na verdade programas executáveis. Justamente por isso muitos administradores hesitam em ativar o suporta a CGI em seus servidores. A página oficial é: http://httpd.apache.org/docs-2.0/mod/mod_cgi.html


mod_perl : O Perl é uma linguagem de geração e processamento de conteúdo extremamente poderosa e ao mesmo tempo fácil de aprender. Ao lado do PHP o Perl é uma das linguagens mais usadas para o desenvolvimento de sites dinâmicos, fóruns e outras aplicações que envolvam processamento de conteúdo. Os scripts em Perl são de 10 a 100 vezes mais rápidos que scripts em CGI de função semelhante.
http://perl.apache.org


mod_php : Além de gerar conteúdo dinâmico, o PHP é muito utilizado para manipular bancos de dados e pode ser integrado com vários produtos, entre eles o MySQL, PostgreSQL, Adabas e dBase. Isto permite desenvolver desde aplicações simples, como livros de visitas, murais de comentários até sites e fóruns extremamente sofisticados. Um exemplo de fórum escrito em PHP é o phpbb, que você pode baixar em: http://www.phpbb.com. O processo de instalação é muito simples, basta descompactar o arquivo num diretório do site e executar o script de configuração. O desempenho das aplicações em PHP costuma ser excelente. A página oficial é: http://www.php.net


mod_asp : Como o nome sugere, este é um módulo que oferece suporte parcial a páginas ASP. É uma boa solução para migrar sites em ASP simples do IIS para o Apache sem ter de converter tudo para PHP. O mod_asp trabalha convertendo os comandos ASP para comandos Perl, por isso é necessário ter também o mod_perl instalado. Além do mod_asp, temos também o ChiliASP (comercial) que pode ser encontrado no http://www.chiliasp.com. A página do mod_asp é: http://www.apache-asp.org


mod_gzip : O gzip, ou GNU Zip é um formato de compressão desenvolvido pela Free Software Fundation que por ser livre é o mais usado no mundo Linux. O mod_gzip permite utiliza-lo em conjunto com o Apache para compactar as páginas enviadas aos clientes. Isto permite diminuir em até 80% o tempo de carregamento das páginas e a utilização de banda, melhorando bastante a capacidade do servidor.

Todos os browsers modernos são capazes de descompactar automaticamente as páginas, sendo assim não existem grandes desvantagens no uso do módulo, fora um pequeno aumento na utilização do processador. Naturalmente, a eficiência varia de acordo com o tipo de arquivo: as páginas html, que são compostas de textos suportam grandes taxas de compressão, enquanto em imagens, arquivos de instalação de programas e músicas em MP3 a compressão é quase nula. http://freshmeat.net/projects/mod_gzip


mod_speling : Este é mais um módulo interessante, que corrige erros nas urls digitadas pelos usuários, permitindo que apesar do erro eles consigam atingir a página desejada. Outro recurso útil permitido por ele é desativar a diferenciação entre letras maiúsculas e minúsculas.
http://httpd.apache.org/docs/mod/mod_speling.html


mod_bandwidth : Permite estabelecer limites de uso de banda para o servidor, para um certo diretório ou ainda para um certo visitante. Você pode usá-lo por exemplo para que a área de download não consuma uma grande parte do link, prejudicando o acesso às outras partes do site ou impor limites ao tráfego de cada um dos sites hospedados no seu servidor.
http://www.cohprog.com/mod_bandwidth.html


mod_frontpage : Complementando o mod_asp, este módulo oferece suporte às Server Extensions do Front Page. http://www.cohprog.com/mod_bandwidth.html


mod_ssl : Esta é a extensão que permite conexões seguras, com encriptação forte. É necessário instala-lo em sites de bancos, lojas online e outras páginas que trabalhem com números de cartão de crédito e outros dados confidencias. Http://www.modssl.org


jakarta : Este é o projeto que oferece uma implementação do Java para o servidor Apache. Você pode baixar os pacotes no: http://jakarta.apache.org


htdig : Este não é exatamente um projeto relacionado ao Apache, mas é uma das ferramentas de indexação mais usadas em conjunto com o Apache para oferecer um sistema de busca dentro das páginas do site. O uso do htdig prejudica muito pouco o desempenho do servidor, pois as páginas são indexadas periodicamente e as buscas são feitas no arquivo de indexação e não no conteúdo em sí. Este é um sistema semelhante ao utilizado por grandes mecanismos de busca, como o Google e o Yahoo. A página oficial é: http://www.htdig.org


Outro projeto semelhante é o swish, que pode ser encontrado em: http://swish-e.org


A arquitetura modular do Apache, combinada com o fato de todo o código do servidor ser aberto, permite que qualquer programador adicione novos recursos ao servidor na forma de mais e mais módulos. Assim como é fácil encontrar vários scripts para contadores, livros de visitas, chats, etc. Pela Web, é muito comum encontrar novos módulos para o Apache que adicionam funções que você nem imaginava precisar usar, existem milhares e milhares deles por aí.

Antes de pensar que um certo recurso não está disponível, faça uma pesquisa pois é bem provável que alguém já tenha passado pelo mesmo problema e tenha disponibilizado um módulo que sirva pra você também. Um bom lugar para começar a procurar é o http://modules.apache.org um repositório que concentra boa parte dos módulos desenvolvidos por terceiros. Uma pesquisa no Google também pode ajudar bastante.

As distribuições trazem sempre um conjunto de módulos pré-compilados que visam atender às necessidades do maior número possível de usuários. Mas, nem sempre o "tamanho único" vai atender todas as suas necessidades. Se você pretende trabalhar com módulos de terceiros, o ideal é dispensar os pacotes da distribuição e instalar seu Apache a partir do código fonte. A maior parte dos módulos são distribuídos em código-fonte, para instalá-los é preciso recompilar o Apache.

Existe muita informação sobre o Apache espalhada pela Web, este foi apenas um texto introdutório com o objetivo de ensina-lo como usar os recursos mais básicos do servidor. A Apache é o servidor Web mais usado no mundo justamente devido à sua flexibilidade: você pode fazer praticamente qualquer coisa com ele. Se você pretende se tornar um grande Webmaster, especializado no Apache, ainda existe muito a estudar. Você pode começar dando uma olhada nos arquivos da Apache Week; são mais de 6 anos de artigos e tutoriais semanais: http://www.apacheweek.com/features


:. Outros sistemas operacionais


Embora a maioria dos servidores Apache rodem Linux, o Apache pode ser instalado em vários sistemas operacionais Unix, incluindo a família BSD, Solaris, etc., sem falar das versões para MacOS, MacOS X, BeOS, OS/2 e quase qualquer outro sistema operacional moderno de que se tenha notícias.

O Apache possui ainda uma versão for Windows, que pode ser usada em substituição ao IIS da Microsoft. As versões antigas, até o 1.3.x, ofereciam um desempenho mais baixo no Windows do que no Linux, devido à maneira como o Windows gerencia a geração de novos processos e threads.

Felizmente, este problema foi resolvido a partir do Apache 2.0, que passou a oferecer um desempenho semelhante tanto no Windows quanto no Linux, fruto de um grande esforço para melhorar seu desempenho.

Mesmo no Windows, o Apache é uma solução muito interessante para quem quer fugir dos problemas de segurança do IIS e ao mesmo tempo procura um servidor Web rápido e com muitos recursos. Você pode baixar o Apache for Windows no http://www.apache.org/


:. Hardware


Se você quer apenas usar seu ADSL ou cabo para hospedar seu site pessoal, não é preciso uma máquina poderosa para rodar o Apache. Muito pelo contrário. Um servidor de páginas html e arquivos estáticos consome muito pouco poder de processamento, a ponto de mesmo um 386 (isso mesmo, um reles 386) dar conta dos 128 kbits de upload oferecidos na maioria dos planos ADSL com folga. Nestes casos o servidor precisa apenas rodar o Apache que sem muitos módulos ativos não é tão pesado assim e se limitar a ler os arquivos solicitados no HD e transmití-los via rede.

Eu mantenho um pequeno servidor Apache pendurado no meu ADSL para ajudar a disponibilizar o arquivo do Entendendo e Dominando o Linux para download e direcionar parte do trafego do site quando o servidor principal fica congestionado. Este meu servidor doméstico é um mero 486 DX-33 com 16 MB e um HD 540 MB, rodando uma instalação bem enxuta do Slackware. O mais interessante é que o load average raramente passa dos 2%, indicando que o 486 poderia dar muito mais se estivesse ligado a um link mais rápido.


Ou seja, independentemente da configuração do seu micro, você pode rodar tranqüilamente um servidor Apache sem notar uma grande redução na performance. Caso você pretenda utilizar um banco de dados como o MySQL os requisitos sobem um pouco, mas nada que um Pentium 100 com 32 MB não possa resolver.

Servidores maiores são necessários em páginas que recebem um tráfego muito grande (você não usaria um Pentium 100 num servidor de um portal por exemplo ;-), ou que rodam fóruns ou outras aplicações que consomem muito processamento ou ainda em servidores de hosting compartilhado, onde centenas ou até milhares de sites são hospedados no mesmo servidor e compartilham seus recursos. Imagine um servidor do hpg ou do yahoo por exemplo.

Em todos os casos, o mais importante é sempre ter uma quantidade de memória RAM suficiente. A questão é que ao responder muitas solicitações o servidor Apache é obrigado a iniciar vários processos, um para cada requisição. Cada processo consome uma certa quantidade de memória, sendo assim, conforme cresce o número de acessos simultâneos ao servidor, cresce também a quantidade de memória usada.

Se a memória RAM não for suficiente, o servidor começará a utilizar memória virtual, o que fará com que as requisições deixem de serem respondidas em poucos milessegundos para demorarem vários segundos ou até minutos. Quase sempre, um servidor web se arrastando para conseguir fornecer uma página, significa falta de memória RAM e não de processador.


Chega a ser impressionante ver alguns administradores de sistema propondo a troca de servidores caros, quando o problema todo poderia ser resolvido com mais um pente de memória, que não custa 5% do valor de um servidor novo.


Autor: Carlos E. Morimoto - Fonte: Guia do Hardwore <http://www.guiadohardware.net> 30/10/2002

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